Julgar um livro pela capa não é algo socialmente aceitável, mas como não se apaixonar por capas de livros lindas como essas?
Capas de livros são um argumento de venda. Claro que autor nenhum sobrevive sem um bom conteúdo, mas ter um design bem executado e que represente tanto o texto como o próprio escritor é algo essencial. As pessoas vivem falando que não se deve julgar um livro pela capa, mas é extremamente difícil (pra mim, pelo menos) sair de uma livraria com um livro de capa feia. Sou do tipo que se apaixona por acabamentos, cores, texturas, um bom papel aplicado em um miolo, enfim essas maluquices todas… Não é a toa que sofri tanto com o fim da finada Cosac Naify e comemorei a criação da editora Ubu – que saiu de dentro da Cosac <3.
Algumas editoras sabem como encantar os leitores e nos fazem virar verdadeiros fãs. Essa conexão é importantíssima para fidelizar o público, em especial em tempos de e-books e de preocupação em ocupar prateleiras com outros objetos que não sejam livros. A britânica Peguin é um exemplo de uma dessas que fazem livros lindos, com projetos gráficos bem feitos e capas encantadoras (inclusive a designer-tipógrafa-ilustradora-faz-tudo-já-citada-no-blog Jessica Hische faz trabalhos belíssimos com eles). Ora usando um bom e velho “menos é mais“, ora com capas fotográficas ou com ilustrações e tipografias mais elaboradas. As capas devem instigar o leitor ao apresentar o assunto do livro, mas sem estragar as surpresas se for o caso de um livro de literatura.
Quando analisamos capas, podemos ver que os recursos para deixar a capa de um livro interessante são variados. Podem ser uma fotografia bem composta, uma ilustração complexa, uma ilustração bem simples, uma tipografia chamativa, uma colagem, um recorte com sobreposição, o uso de uma cor só ou aplicação de várias cores ao mesmo tempo e até mesmo o uso do branco como um elemento dramático. Os acabamentos são muitos também: além de vernizes, holografias, texturas e outros acabamentos mais “tradicionais”, vale também usar adesivos, papeis diferentes ou rasgados e até inverter a costura do miolo, como a Cosac Naify fez com o livro Bartleby, o Escrivão (o que fez com que eles levassem o 3º lugar do 7º Prêmio Max Feffer de Design Gráfico) – e a Ubu ainda deu uma melhorada na edição nova deles: até carimbo os primeiros compradores ganharam!
Bom, para quem gosta de ler (ou só de ter livros mesmo) aqui vão capas que inspiram e despertam nosso desejo de consumo.
E você? Também é aficionado por livros ou prefere e-books? Conta pra gente!