Design com Café

Causas e bandeiras na comunicação – Quando posicionar a minha marca?

Os tempos estão difíceis, pra todo lado tem confusão, gritaria, caos e se bobear, até destruição. Então a pergunta que não quer calar: e pro meu negócio, como saber quando posicionar a minha marca?

Eu não tenho (e acho que ninguém tem) como te dizer com 100% de certeza qual é esse momento, mas vamos trazer alguns fatos a luz?

Existe um fato: NÃO EXISTE RECEITA DE BOLO. Não tem nada que se aplique para mim e que com certeza se aplicará a você, mesmo que a gente seja concorrentes diretos, com os mesmos produtos e o mesmo posicionamento.

Isso porque, quando a gente fala de marcas, de negócios que lidam diretamente com clientes, estamos falando de uma infinidade de particularidades de seres humanos que não são em NADA, fáceis de entender.

Se você consegue entender o ser humano, inclusive, me manda o caminho das pedras aí por favor, obrigada, de nada!

Então, se cada negócio lida com pessoas diferentes, é só uma questão de tempo até a gente entender que cada marca irá falar de uma maneira diferente, atingir de uma maneira diferente a sua base de clientes, certo?

Pois bem, você deve estar pensando: “Se é tudo diferente, como ela vai dizer pra mim quando entrar numa briga?” E é aí que entram algumas questões que você precisa se fazer para decidir como sua empresa irá se portar em momentos conflitantes e poder responder ao questionamento de quando posicionar a minha marca.

1 – Quem sou eu?

Se você ainda não tem, quero dizer que passou da hora de fazer uma profunda análise de quem é você (o seu negócio, no caso) o que chamam hoje de Brand Persona, esse texto não será para te dar dicas de como criar uma, isso pode ficar para uma outra hora, mas vamos dar uma pensadinha rápida aqui?

Se você não sabe bem como chegar num denominador comum, comece tentando entender qual seria a personalidade do seu negócio caso ele fosse uma pessoa, comece mapeando quem é o seu consumidor, como ele pensa, como se comporta, onde frequenta e etc.

Depois disso, pense em como seria uma linguagem adequada para falar com a sua galera: formal, informal, uma mistura dos dois, totalmente descolado, etc.

Gírias são bem vindas? Memes? Abreviações?

Certo, definiu quem é você? Agora vai ficar mais fácil pensar como empresa, vai ver só.

2 – Se importar, importa?

Segundo estudos recentes, 75% dos consumidores defendem a ideia de que empresas devem se pronunciar sobre causas sociais, contra um total de apenas 30% que acham que marcas devem se posicionar politicamente.

Isso mostra que as empresas que se importam com: educação (73%), combate à fome e pobreza (70%) e luta contra a violência doméstica/contra a mulher (64%), por exemplo, tendem a ser as mais defendidas pelo consumidor.

E todos nós sabemos que quando chegamos ao patamar de termos consumidores fiéis, defendendo a nossa marca, alcançamos o topo do mundo, né nom?

Então, se a sua dúvida está no fato de que se posicionar pode não ser uma boa pelo ponto de vista da galera, acho que você está enganado.

Quando posicionar a minha marca-images

3 – E então, quando posicionar a minha marca?

Depois de ter trazido à luz esses fatos e de ter deixado claro a importância de saber quem é você nesse mundo louco dos business, fica mais fácil eu finalmente te contar quando posicionar a marca.

Tendo bem definidos a sua linguagem, o seu planejamento de negócio, onde você quer chegar e, muito importante, quem você pretende atingir, principalmente se tratando de web, tudo o que você precisa fazer é pensar em quais as causas valem a pena você comprar a briga.

Quais serão coerentes ao seu posicionamento e a sua forma de agir, se mostrar, se apresentar, no dia-a-dia. Sim, afinal você não pode defender uma bandeira LGBTQI+ por exemplo, se no seu posicionamento diário tudo vai contrário a isso, certo?

É muito importante deixar destacado  que as pessoas ODEIAM mentira e, se tratando de marcas e negócios, elas odeiam ainda mais, elas se sentem usadas e enganadas quando descobrem que você as ludibriou e usou de suas filosofias para simplesmente lucrar.

Um dado muito importante, que não pode passar em branco é o de que 22% dos consumidores dizem boicotar marcas que tenham causas defendidas que sejam totalmente contrárias as suas, ou seja, não queira entrar na onda do concorrente.

Se ele fez, ele sabe o que está fazendo (na maioria das vezes hahaha) e terá a capacidade de enfrentar e lidar com possíveis consequências negativas.

Então na hora de alinhar quais as causas e: quando posicionar a minha marca, esteja pronto para àqueles que não concordarão com você, preveja possíveis gatilhos e já tenha as respostas prováveis.

Chame a galera e peça para que problematizem os seus conteúdos antes de eles irem ao ar, articule as respostas e até se é que valem uma resposta.

Mas nunca, nunca! Fuja de uma briga que já entrou.

4 – EXTRA, AMOR!

Quanto mais próximo você está do seu cliente, mais amado por ele você é. Isso é um fato, é assim com as nossas relações pessoais, porque então seria diferente com as marcas?

Você não mantém relações com pessoas que acha monótonas, chatas, que não te trazem nenhum tipo de acréscimo, não te fazem rir e o tempo inteiro falam das mesmas coisas, certo? Você também não costuma confiar muito em pessoas que se esquivam de perguntas sobre pontos de vista, certo? Pois bem, assim também são os relacionamentos com as marcas.

Busque o seu espaço, conquiste o seu público, fale a língua dele,  conquiste o amor (não tente o comprar) e só assim, você passará a ter aquele fiel consumidor que até debaixo d’água, vai te defender.

Ah, muito importante, TESTE!

Vá testando a linguagem que agrada, as cores, o tipo de conteúdo e até as causas que você já simpatize e que queira transparecer para a sua marca. Esse último com cautela e responsabilidade.

Mas teste. O campo do se, nunca é onde as coisas fantásticas acontecem!

Me conta aí o que decidiu? Beijoooo 🙂

FONTE: opinionbox


Sair da versão mobile