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CO-marketing: que estratégia COlaborativa é essa?

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Assim como uma modelo entra na passarela carregada de conceitos e influencia a moda pelo mundo, as palavras também entram em cena para desfilar novas modas, com um jeito diferente de fazer o design das preposições na criação de novos usos. Às vezes até já convivemos com os seus significados tradicionais e práticas no dia a dia, mas elas chegam com uma roupagem nova, usando outros apetrechos para aguçar a atenção e ganham o gosto e a atitude de profissionais e empresas. O co-marketing é uma delas.

Já abstraímos o sentido de novas palavras como coworking e co-criação, sobretudo quando inúmeras possibilidades surgem em tempos de valorizar as conexões. Novos negócios têm surgido pela necessidade de inovar, criar mecanismos para compartilhar não apenas espaços, mas talentos, experiências e habilidades. A intenção é sempre fazer jus à máxima: 1 + 1 é sempre mais que 2.

Certo dia me deparei com um “CO” que me chamou a atenção: o CO-MARKETING. Você já ouviu falar sobre isso? Vem comigo pra gente entender sobre isso juntos.

Não é uma prática nova. Já tem um bocado de material interessante na internet como artigos e vídeos, que explicam a forma atual de fazer co-marketing em tempos que o marketing digital está a todo vapor. Esta palavra pode ser relativamente nova para muitos, mas o conceito e a intenção nem tanto.

Muitas empresas já adotaram o co-marketing no “marketing tradicional” como os clubes de vantagens que oferecem benefícios para o público que frequenta restaurantes, cinema, shows e eventos. Empresas que demonstram seus serviços, apresentando produtos de marcas parceiras também são práticas adotadas. Produtos premium são lançados para clientes da primeira classe em um voo internacional.

As feiras de noivas também são bons exemplos, quando empresas de fotografia, convite, música para casamento, buffet e estética se unem para atrair a atenção de quem decidiu trocar alianças. Nessa oportunidade, essas empresas oferecem benefícios e propostas diferenciadas para atrair novos contratos no calor do amor e da emoção, mas também economizam muito o esforço de comunicação se fossem investir sozinhas numa ação dessas.

E depois as empresas parceiras ainda podem compartilhar o cadastro dos visitantes da feira para prosseguir com outras ações de divulgação e relacionamento no pós-evento. Inclusive lidar com as informações dos clientes é outro desafio e tema importante para outro artigo. Ter uma base de possíveis novos clientes não converte em nada. É preciso saber o que fazer e como organizar esses dados, além de definir novas ações que, de fato, tragam retornos comerciais.

Mas qual é o conceito de co-marketing?

Co-marketing é uma ação compartilhada por empresas que estão focadas em um mesmo perfil de público e que geralmente possuem negócios que se completam como pão de queijo com café ou queijo com goiabada.  Ao se juntarem, as empresas são capazes de promover experiências que agregam novas percepções para os clientes.

Ao meu ver, não há limite para o nível de intersecção das empresas parceiras, mesmo quando possam ser identificadas como concorrentes. É sensato quebrar paradigmas nos dias de hoje para compreender que cada marca tem o seu valor, o seu propósito, a sua identidade e por isso mesmo atrai um perfil de público que se conecta com  diferenciais específicos.

Comecei a perceber isso no canal de inglês Tecla Sap, do professor Ulisses Carvalho, que tem convidado outros professores para trocar ideias sobre as diversas formas de aprender a língua e compartilhar conteúdos com os seguidores. Veja um trecho do e-mail marketing que recebi outro dia:

“Esta é mais uma super novidade para você que faz parte da lista do Tecla SAP! A Jackie Katsis, do excelente canal Ask Jackie, vai dar três aulas AO VIVO gratuitas nos próximos dias!
Venha conhecer os segredos do inglês online para você acelerar seu aprendizado. Você sabia que a Jackie é americana de Chicago, formada em Letras e tem Mestrado em Orientação Educacional? A Jackie também vai esclarecer suas dúvidas de inglês e falar sobre o Curso de Inglês Ask Jackie. Contamos com a sua presença. Até lá!”.

É incrível como cada um tem um jeitão que se identifica com perfis de públicos diferentes – alguns gostam de ouvir a pronúncia de um nativo, outros preferem professores que adotam uma linguagem mais despojada ou aqueles que preferem seguir métodos mais tradicionais.

Colaborar também pode e deve ser uma prática de concorrentes, justamente porque share de mercado é um número que representa uma decisão de consumidores motivados por uma série de estímulos, mas são pessoas feitas de carne e osso, de percepções e atitudes.

Um jeito novo de fazer no digital

No ambiente digital, o co-marketing entrou em cena com muita força. E quem tem se apropriado dessa prática, tem bebido água limpa e colhido muitos resultados. As empresas identificam oportunidades de produzirem conteúdo juntas, minimizando esforços e ampliando seus impactos na base de clientes uma da outra. O ganho ao final de uma ação bem estruturada são os leads gerados, que ambas podem trabalhar no funil de vendas.

Os conteúdos produzidos por muitas mãos dadas, além de reduzir custos e dividir as ações de produção, favorecem a projeção da imagem de cada negócio. Juntas as empresas podem organizar lives, podcasts, posts, e-books, vídeos, artigos para o blog, enviar e-mail marketing, criar promoções nas redes sociais, compartilhar conteúdos individuais entre outras possibilidades.

O co-marketing precisa ser feito com outra empresa que você admira e compartilha dos mesmos valores e propósitos da sua. Não basta apenas adotar uma ação como oportunidade. A identificação de parceiros deve “co-responder” a questões relevantes, sobretudo porque se uma das partes falhar respinga na imagem de ambas. Na real, vocês compartilham referências. Escolha as suas parcerias com critério.

Para dar certo, você entra inteiro e o parceiro também para juntar forças dobradas. Não é apenas reduzir a quantidade de trabalho, mas juntar partes inteiras e complementares com habilidades diferentes. Nesse caso, não entre com a cabeça do copo meio cheio. Vá além. Comece a planejar essa ação pensando em dois copos transbordando de possibilidades e iguais responsabilidades.

Co-branding não é co-marketing

São práticas parecidas, mas se diferenciam em alguns pontos. As ações de co-branding fortalecem as marcas pelo desenvolvimento de novos produtos ou serviços, que surgem da criação conjunta (co-criação!) de duas empresas. Um exemplo delicioso é a sobremesa do Outback, a “Havanna Thunder”, que combina o brownie da casa com Dulce De Leche da famosa marca argentina.

Outro exemplo é a marca nacional Mormaii do empreendedor Morongo, que começou seu negócio criando roupas de neoprene para surfistas das águas frias do sul do Brasil. E hoje a empresa faz parcerias com indústrias que aplicam a marca em relógios, cronômetros, jaquetas, protetores solar, bicicleta, tênis, capacete, skate. Virou uma marca símbolo dos esportes livres, da qualidade de vida e da atitude sustentável. São milhares de produtos que a empresa recebe royalties e comercializa pelas franqueadas.

Outra história curiosa é essa aqui: Sabe a mistura da Coca-Cola com Rum e limão, que colou super bem e ganhou o mundo? Dizem que foi criada pelos soldados americanos que guerrearam a favor da independência da ilha cubana contra a Espanha no século XIX. Para amenizar o calorão, inventaram a bebida refrescante. Daí o nome Cuba Libre. Um produto do universo capitalista, que se juntou a um símbolo da luta socialista.

O CO-marketing e as suas CO-responsabilidades

No inbound marketing, as empresas atraem leads por meio da criação e produção de conteúdo. E se há um trabalho colaborativo nesse percurso, como proposto pelo co-marketing, é possível pensar os objetivos e estratégias de forma conjunta, dividir as atividades e os custos de produção e ganhar mais alcance em menos tempo.

Comece buscando um parceiro que possua autoridade e já produza bons conteúdos, que possa compartilhar conhecimento e tenha uma boa audiência. Planejem juntos a ação identificando as vantagens para as duas partes, estipulem prazos com antecedência, defina as tarefas de cada um e as comuns. Criem conteúdos em textos, vídeos, áudios e o design adequados para alcançar os objetivos definidos no começo do percurso. Depois da ação, façam a avaliação dos resultados para entender o que valeu a pena e o que pode ser melhorado nas próximas ações de co-marketing.

Para entender de uma vez por todas o resultado que o co-marketing pode trazer para a sua empresa ou para o cliente que a sua agência atende, é fácil recorrer a um meme recente, que bombou na internet: as férias luxuosas de Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa à Grécia após as gravações da “novela das seis”. Celebridades não se conectam por acaso no tempo e no espaço. Não é à toa que todo mundo, inclusive os famosos, decidiram se incluir discretamente nas imagens dessa viagem, que também estiveram o Padre Fábio, Mario Cortella e a Gretchen.

Mais alguém por aqui duvida das boas parcerias que o ambiente digital pode promover? Embarque nessa também e depois conta pra gente como foi essa experiência incrível!

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