Não é novidade que as comunidades de designers que oferecem serviços online, a baixo custo, têm crescido rapidamente no Brasil de 5 anos pra cá.
O preço mais acessível e agilidade no processo criativo tem atraído cada vez mais empreendedores e empresas. Será que essas comunidades de designers são vilãs ou, quem sabe, inimigas do design “profissional” ou, simplesmente, o lado negro da força? Até onde essas plataformas podem prejudicar, nós, designers que atuamos da forma convencional? É uma concorrência desleal? Prostitui o mercado ou está atraindo um cliente que nunca teria acesso a um designer ou agência? É uma boa oportunidade para designers iniciantes ou que queiram complementar a renda?
Essas e outras questões serão respondidas neste artigo. Confira e tire suas próprias conclusões. A leitura é um pouco extensa, mas vale a pena. Pegue seu café e vamos lá.
Antes de mais nada, quero confessar que eu mesmo já cheguei a me cadastrar em uma dessas plataformas e até já participei de projetos. Também já as indiquei para clientes, quando percebi que não tinham verba para investir no projeto com o valor que eu pratico.
Entrevistei Marian Nassif, Analista de Marketing e Community Manager do Grupo WeLancer/WeDoLogos e Gustavo Mota, CEO. Eles nos explicaram um pouco mais sobre esse tão polêmico projeto e porque tem dado tão certo.
Logo percebemos que seria necessário outro canal para separar o relacionamento com os clientes e a comunidade de designers. Foi então que surgiu o WeLancer, uma plataforma criada exclusivamente para os designers freelancers.
Em resumo: Wedologos é onde os clientes compram nossos serviços e WeLancer é onde os profissionais criam seus perfis com portfólio, cardápio de produtos/serviços e participam dos projetos criados na WeDoLogos. Uma não existe sem a outra.
Naturalmente, mesmo no processo convencional de mercado, já é o cliente quem define o valor que vai pagar. Isso funciona em todas as empresas. A diferença é que ao receber uma proposta alta de um profissional ou agência, o cliente escolhe trocar de fornecedor. Já na WDL o orçamento é definido pelo cliente, antes de tudo, e vai atrair designers que se identificarem com este valor, ou seja, quanto maior o prêmio maior será o nível dos profissionais interessados no projeto. Tudo é muito justo.
Existem plataformas, como algumas das citadas acima, onde o cliente e o designer negociam qualquer valor, inclusive com preços como 10, 20 ou 30 reais. Na WDL o valor mínimo para a criação de um logotipo básica para concorrência é de 590 reais, mas a média do ticket de investimento do cliente é 800 reais. Podem conferir em nossa página de produtos.
Além disso qualquer freelancer da comunidade tem a liberdade de criar seu próprio cardápio de serviços e colocar os preços que achar justo, em seu perfil. Nesse caso a plataforma funciona como uma loja e retém 30% de comissão sobre cada serviço negociado.
Por outro lado vi, também, que levávamos demandas para muitos profissionais sem oportunidade, como já falamos anteriormente.
O fato é que geramos mais demanda e mais negócios que provavelmente nem existiriam. O que fazemos é conectar duas pontes que não seriam conectadas se não fosse a tecnologia e a internet. Fazemos a diferença na vida de muitos profissionais de design e para muitos pequenos empresários.
Começou na plataforma com o intuito de aprender, mas aos poucos foi vendo a possibilidade de ganhar uma boa renda extra. Em 6 meses conciliando seu tempo entre os jobs da plataforma e seu trabalho na construção civil, ganhou 3 ou 4 projetos, até que resolveu fazer um teste e se dedicar exclusivamente à plataforma, e já no primeiro mês ganhou o equivalente ao seu salário na construção civil.
De lá pra cá a plataforma tem sido sua principal renda, que mais que dobrou em comparação à sua antiga atividade. Em 48 meses Nil se tornou o número 1 da plataforma, com uma renda total que passa dos R$ 210.000,00, uma média de quase R$ 4.500,00 por mês.
Ele dá uma dica pra quem pretende iniciar: “Procure projetos que você tem mais facilidade e persista!“
Veja o perfil de Nil na Welancer
Ela conta que demorou quase um ano para criar coragem e participar do primeiro projeto. Ficou muito feliz quando percebeu que podia ganhar um bom dinheiro extra, e de lá pra cá já são 216 prêmios do total de 643 projetos que participou, ou seja, 1 em cada 3 jobs que ela se inscreveu. Um ótimo resultado, afirma ela.
Logo no início, seu namorado até a aconselhou a sair da empresa que trabalhava e ficar só por conta da WDL, mas ela ainda tinha medo de não dar tão certo. Então resolveu se organizar e passou a dedicar 4 horas por noite, de segunda à sexta na plataforma, foi assim por um ano. Em pouco tempo ela começou a ganhar mais do que seu emprego atual e hoje ela trabalha apenas como freela, adquiriu muita experiência, tem uma excelente renda mensal e muitos dos clientes que ela conheceu e atendeu através da plataforma, fazem muitos outros jobs diretamente com ela hoje. Sem contar os muitos clientes que ela conquistou sozinha, graças a experiência adquirida na comunidade.
Veja o perfil de Stefania na Welancer
Sua experiência e seu portfólio, com certeza vão enriquecer. Você vai desenvolver habilidades para lidar com variados tipos briefings e prazos. Além de poder criar relacionamentos com clientes após a finalização de um projeto, que você tiver ganhado.
Se você é iniciante e decidir se dedicar, temos a total certeza que em pouco tempo você já será capaz de ter seus próprios clientes e construir uma carreira e tanto. E se você já for um profissional com experiência, poderá obter uma renda extra e complementar seu orçamento.
Bons freelas 🙂
Já que o assunto foi sobre design, se inspire com alguns artigos do nosso blog: Logotipos Minimalistas | Manuais de Identidade Visuais de Grandes Marcas | Logotipos Coloridos | Um bom Tipo de Logo. Ah! Confira também nossa Calculadora Online de Orçamentos e deixe para trás esse medo de colocar um preço no seu job 🙂
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