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5 desculpas para não fazer testes de usabilidade em sites

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Pare de dar desculpas para não fazer testes de usabilidade e descubra como realizá-los de forma simples e com baixo custo.

Os testes de usabilidade são a melhor forma de você identificar se um site está sendo útil para o usuário, permitindo uma navegação fluida e conteúdo de fácil compreensão.

Mas muitos profissionais e empresas ignoram essa etapa do processo de desenvolvimento de sites por acharem que somente projetos grandes, com muitas funcionalidades devem ser testados.

Ao longo dos meus 15 anos trabalhando com desenvolvimento de sites, li e ouvi de muitos profissionais e empresas, desculpas para deixar essa etapa de lado porque o mais importante era colocar o site no ar o mais rápido possível.

A seguir listo as 5 desculpas que eu mais ouvi e que pude confirmar, através de estudos, serem de fato as mais utilizadas.

Desculpa #1 – Não temos tempo

Não ter tempo é uma das desculpas mais utilizadas para tudo na vida, pelo menos é isso que minha experiência e meus estudos sobre desenvolvimento humano mostrou.

Mas quando o assunto é testes de usabilidade em sites, aí essa é a primeira e mais forte desculpa.

‘O site é algo simples, não é como um sistema, cheio de funcionalidades. Só um conjunto de páginas que falam sobre um negócio, não precisa gastar um tempo que não temos com isso.”

Ler ou ouvir frases desse tipo tem sido muito comum não apenas em empresas mas também de desenvolvedores.

Muitas das vezes o tempo que não se tem é por causa de falhas nos processos de desenvolvimento, falta de informações, arquitetura de informação mal definida e o resultado disso é um grande volume de retrabalho, que toma todo o tempo disponível e até o indisponível.

Desculpa #2 – Não temos dinheiro

É mais caro pagar pelo retrabalho, investir em estratégias de tráfego pago que não dão resultados do que fazer testes de usabilidade em sites.

Muitos acham que testes de usabilidade são caros, que devem ser feitos apenas para projetos grandes que envolvem muitas funcionalidades.

Na verdade, fazer testes de usabilidade pode custar menos do que o dinheiro que você perde gerando tráfego pago para um site que não torna a navegação do usuário simples e objetiva e entrega a ele exatamente o que precisa.

Desculpa #3 – Não temos expertise

Outra desculpa esfarrapada, afinal de contas, realizar testes de usabilidade em sites é mais simples do que parece.

Com ou sem expertise, a coisa mais difícil de acontecer é um teste de usabilidade ser ruim a ponto de não produzir resultados úteis.

Pode ser o teste mais simples, com as pessoas menos experientes, ainda sim ele vai produzir informações úteis para o processo de desenvolvimento.

Desculpa #4 – Não temos um laboratório de usabilidade

Todos que querem fazer teste de usabilidade possuem um laboratório. Isso é indiscutível.

Basta uma sala com mesa, computador e duas cadeiras, sem interrupções para que o tester e o monitor possam realizar o teste.

E uma outra sala onde ficarão os observadores para acompanhar o teste em uma tela grande. 

Desculpa #5 – Não sabemos como interpretar os resultados

Interpretar um teste de usabilidade é completamente diferente de interpretar uma ressonância magnética.

Os pontos mais importantes são óbvios para os observadores e os problemas graves quase nunca passam despercebidos.

É necessário apenas um pouco de atenção e vontade de realizar o teste para que seja possível extrair informações importantes dele.

Desculpas não bastam, é preciso saber algumas verdades

Se você quer ter resultados com seu site, sair da mediocridade e ter um site de alta performance capaz de gerar resultados para o seu negócio, então esqueça as 5 desculpas que eu mostrei e fique atento a essas verdade.

Para ter um site de alta performance é preciso testá-lo

Os testes de usabilidade servem para lembrar que as pessoas pensam, agem e decidem de forma diferente da sua.

Testar o site vai fazer com que os horizontes sejam ampliados e seja possível entregar uma navegação e conteúdo mais fácil de ser compreendido e consumido pelo usuário.

O que parece óbvio para você pode não ser tão óbvio assim para os visitantes, e apenas testando é que você conseguirá identificar esses pontos e melhorá-los.

É melhor testar com 1 usuário do que com nenhum

Testes sempre produzem resultados, por menos experiência que se tenha, um usuário testando o site vai mostrar a você o que pode ser melhorado.

E outra coisa, teste durante todo o processo e não apenas na reta final.

Se o site é um conjunto de páginas interligadas onde seus conteúdos se completam, uma página mal estruturada pode interromper o acesso às outras. E não estou falando de bugs e erros de programação, mas de influenciar o usuário a continuar navegando de forma intuitiva.

Já ouvi muitos desenvolvedores e empresas dizerem que é fácil realizar mudanças em sites, mas a verdade é que isso nem sempre é fácil, principalmente quando o site já está no ar.

Se você quer mesmo saber se o site é fácil de usar e está pronto para atender aos objetivos, então faça testes de usabilidade, deixe as desculpas de lado e foque em obter o máximo de informações.

Você não precisa de muito tempo nem muito dinheiro para isso, precisa apenas de querer fazer.

Faça você mesmo os testes de usabilidade

Se você realmente não tem grana para investir em testes de usabilidade, então faça você mesmo esses testes.

Fazer você mesmo os testes é mais econômico e gera resultados que vão ajudar no processo.

Veja a seguir um roteiro para a realização do teste do tipo faça-você-mesmo de acordo com Steve Krug.

Tempo gasto com cada rodada de teste: uma manhã por mês incluindo o teste, o relatório e o que consertar,

Quando realizar o teste: de forma contínua, durante todo o processo de desenvolvimento,

Número de rodadas de teste: uma por mês,

Número de participantes por teste: três,

Como você recruta os participantes: de forma imprecisa se necessário. É mais importante realizar os testes com frequência do que com usuários em potencial.

Onde você realiza os testes: no local de trabalho, com os observadores em uma sala de conferência assistindo ao teste em uma tela grande.

Quem assiste a ele: metade de um dia no local de trabalho significa que mais pessoas poderão acompanhar os testes ao vivo.

Relatório: um email de uma ou duas páginas com o resumo das decisões tomadas após o teste.

Quem identifica os problemas: a equipe de desenvolvimento e demais interessados se reúnem no mesmo dia para comparar as anotações e decidir o que deve ser mudado.

Finalidade principal: identificar os problemas mais sérios e resolvê-los antes da próxima rodada de testes.

O teste do tipo faça-você-mesmo é um método qualitativo e tem como objetivo melhorar o site que está sendo construído através de identificação e ajuste de problemas.

Quanto mais cedo você começar a realização dos testes de usabilidade e manter a frequência, melhor será o processo de desenvolvimento e consequentemente o resultado obtido quando o site for para o ar.

Quem quer faz, não quer arruma desculpas!

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