Design com Café

Design Thinking não é coisa só de designer: é coisa de quem quer resolver problema

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Pandemia de Covid-19: saiba como superar a crise provocada pelo coronavírus aplicando a metodologia do Design Thinking

Design Thinking: o termo que tem se tornado a cada dia mais popular, em bom e velho português, quer dizer algo mais ou menos como “pensar como um designer”. E, acredite: pensar como um designer pode te ajudar a sair mais forte do que nunca da crise provocada pela pandemia de Covid-19!

Afinal, o mundo parou por conta desta pandemia, que implicou na maior mudança de hábitos coletivos no mais curto espaço de tempo da história

Empresas se fecham, empresários, trabalhadores formais e informais, desesperam-se e, em larga escala, aflitos, temerosos e inseguros, perguntam-se o que fazer. De repente, o mundo parece refém de um vírus contra o qual ainda não existe vacina ou cura. 

De repente, o mundo todo está diferente, partilhando medos, inseguranças mas também esperança. E o Design Thinking pode ser um caminho para você, que está precisando de esperança! 

design thinking covid

Em momentos de crise, buscar soluções é muito mais sábio que ficar olhando para os problemas. 

E quando não se sabe de onde começar, qualquer ideia é bem vinda (afinal, ela pode ser apenas um trampolim para a ideia que realmente vai mudar a sua vida. Não menospreze jamais a capacidade de conexões que seu cérebro e seu subconsciente são capazes de criar!)

Em momentos de crise, idéias absurdas, que de outra forma jamais teriam a sua atenção, talvez sejam justamente a luz no fim do túnel para você e o Design Thinking é uma abordagem que pode te ajudar a encontrar a ideia certa para resolver o seu problema pensando fora da caixinha!

Ocorre que, infelizmente, durante tanto tempo, fomos ensinados a pensar segundo uma ótica maniqueísta e dualista que, para a grande maioria das pessoas, pensar fora da caixinha é uma prática estranha e desconhecida. 

Para a grande maioria das pessoas, o pensar fora da caixinha é coisa de gente louca ou de gênios. 

Dar vazão à criatividade e encontrar soluções inovadoras, para muita gente, não é nada simples. 

Mas é daí mesmo que surge o Design Thinking: na verdade, o pensar fora da caixinha é uma prática cada vez mais necessária neste século saturado de ideias e informações, quebra de padrões, inovações velozes e desenvolvimento tecnológico acelerado

Por outro lado, aqueles profissionais e empresas que já tinham uma visão futurística do mundo, em momentos de crise, veem mais oportunidades que problemas. E aqui, isso é muito importante, é precípuo não confundir oportunidade com oportunismo. 

E para quem quer aprender a utilizar sua capacidade criativa e inovadora, direcionando-a para solucionar problemas e encontrar não apenas novos mas os melhores caminhos, o Design Thinking e uma resposta ao mesmo tempo prática e lúdica

Se você tem algum problema para solucionar profissional ou até pessoalmente, seja pela pandemia de Covid19, seja algo que já existia antes mesmo disso tudo começar; se quer tirar aquele projeto sensacional do papel; se quer encontrar uma forma de melhorar seu produto ou serviço, eu te aconselho a conhecer o Design Thinking

Pandemia de Coronavírus: como salvar seu negócio com o Design Thinking

Se você ainda não ouviu este termo ou se ouviu e não tem ideia do que significa, você está no lugar certo.

Afinal, hoje, o Design Thinking é, senão a melhor, uma das melhores armas contra a pandemia que tomou conta do mundo e das nossas mentes

E você não precisa ser um designer para fazer uso do Design Thinking. 

Porque, afinal de contas, o Design Thinking não é sobre o trabalho do profissional designer mas sobre como usar processos cognitivos inerentes às etapas de design para encarar e resolver o mundo, criar modelos novos modelos de negócio, novos produtos, novas soluções

Em outras palavras, o Design Thinking serve para ajudar você a pensar fora da caixinha e encontrar uma solução com potencial máximo para resolver seu problema!

Profundo? Você nem imagina o quanto. 

Mas vamos por partes: há algumas décadas, as possibilidades tecnológicas não eram, nem de perto, tão divertidas e variadas quanto são hoje. De fato, grande parte das facilidades das quais o ser humano usufrui hoje já existia no cinema; uma grande variedade de invenções que só chegariam à realidade anos mais tarde. 

E com a humanidade adentrando uma era de possibilidades cinematográficas, é natural que transformações profundas ocorram nos mais diversos âmbitos, que mudem as sociedades de dentro para fora. É natural que mudem o ser humano de dentro pra fora

E uma das principais mudanças inerentes à estes processos de desenvolvimento tecnológico está diretamente relacionada à maneira como o ser humano lida com o novo, com o imprevisto, com o diferente do que ele aprendeu a vida inteira.

É desta premissa que surge o Design Thinking, que, de acordo com Tim Brown, executivo da IDEO, acusada de ser a criadora do termo, diz respeito à uma abordagem centrada no ser humano para inovação, que se baseia no kit de ferramentas do designer para integrar as NECESSIDADES das pessoas, as POSSIBILIDADES da tecnologia e os REQUISITOS para o sucesso nos negócios – ou, no caso de você levar isso para sua vida pessoal, para o sucesso da sua empreitada. 

Segundo a IDEO, o termo Design Thinking tem suas raízes num diálogo profundo, que se deu por décadas. 

Desde 1978 a IDEO vem praticando o “design centrado no ser humano”, em livre tradução. Mas, claro, ao longo das décadas mais disruptivas da história da humanidade, diversos segmentos e empresas passaram a aprimorar e utilizar o Design Thinking. 

Um dos maiores laboratórios de desenvolvimento tecnológico de todos os tempos, o MIT, por exemplo, por si só, mostra-se como um produto de Design Thinking – projetado para resolver problemas e criar inovações para a sociedade

MIT e Media Lab: a metalinguagem do Design Thinking

Fonte: https://www.b9.com.br/

Costumo dizer que o MIT é a metalinguagem do Design Thinking. Suas iniciativas visam adequar as melhores saídas à realidade da humanidade e às possibilidades tecnológicas existentes, por exemplo. 

Grandes empresas, como Netflix, Natura, Totvs, Google, Havaianas são apenas algumas que utilizam os princípios de design thinking nos negócios. 

De fato, desde que a ideia de design thinking surgiu e passou a ser aplicada pelas empresas, passou a ser usada para uma imensa variedade de situações, desde o desenvolvimento de modelos de negócio para painéis solares na África até criações como o Airbnb, por exemplo. 

Atualmente, existem diversos autores e diversas empresas que versam sobre as etapas do design thinking. 

Para que você entenda de forma mais prática, apresento aqui os convencionalmente chamados 3 pilares do Design Thinking, segundo Rebecca Linke para o MIT.

Design Thinking: os três pilares

  1. Entenda completamente o problema. 
  2. Explore uma ampla variedade de soluções possíveis.
  3. Desenvolva exaustivamente prototipagem e testes. 

Design Thinking: pensando fora da caixinha

Pense no Design Thinking como uma caixinha de ferramentas para resolver problemas de forma criativa e funcional

Afinal, soluções práticas, criativas e inovadoras não surgem do nada. E numa era regida pela pressa e em que tudo perde seu valor muito rapidamente, em geral pelas próprias transformações tecnológicas que substituem o novo pelo mais novo ainda num piscar, ter uma técnica que te permita encontrar, neste universo de possibilidades, a melhor delas para resolver um problema – e não só profissional, viu! Pessoal também! – é simplesmente um luxo!

Por isso, eu vou te contar de forma direta para que serve o design thinking: 

O design thinking serve para ajudar o profissional da era das máquinas a encontrar a solução mais adequada possível à humanidade. 

O design thinking é uma forma de resolver problemas com foco no ser humano. 

IDEO e o Design Thinkin

De acordo com o IDEO, o termo Design Thinking foi desenvolvido para descrever o uso de elementos oriundos da prática dos designers, tais como empatia, otimismo, interação, criatividade, confiança, experimentação, ambiguidade e até mesmo falha, na busca de soluções para problemas nos mais variados âmbitos. 

O primeiro passo para se aplicar uma estratégia de Design Thinking é conhecer muito bem seu as suas necessidades ou as necessidades do seu cliente. 

A partir disto, você vai chegar a um determinado insight para desenvolver um conceito, aplicar criatividade e executar a prototipagem desta solução. 

Embora tudo isto pareça um pouco abstrato, a verdade é que o Design Thinking promove experiências bem práticas e, principalmente, mensuráveis

Tanto para a criação de soluções de problemas quanto para a criação de novos produtos e serviços, o método Design Thinking é o supra sumo das ferramentas de inovação deste século

Para que você entenda de forma bem clara onde e como o design thinking pode ser aplicado, vou citar um exemplo de uma marca que com toda certeza você conhece: a Natura. 

Design Thinking e Natura: um case de sucesso 

Fonte: https://exame.abril.com.br/

A informação que agora compartilho, de fato, deixou-me surpresa – mas apenas porque eu estava distraída. Afinal, ela faz total sentido: desde 2012 a Natura tem uma parceria com o Media Lab do MIT. 

Sim. A empresa de cosméticos mundialmente famosa, conhecida por ser pioneira em sustentabilidade no Brasil, já entendeu há muito tempo que a tecnologia não deixa NADA de fora e transforma até mesmo os ramos mais tradicionais. 

Teaser natura e media lab

Aliás, de tradicional a Natura não tem nada: em 2014 a marca promoveu uma maratona de prototipagem em parceria com Media Lab.

Apostando com tudo no Design Thinking, a marca já vem há muito tempo explorando aspectos que vão de encontro à satisfação absoluta do cliente de forma engajada com as possibilidades tecnológicas e sociais. 

Inclusive, foi uma das primeiras marcas nacionais a se posicionar de forma estratégica e condizente com sua postura empresarial sobre a pandemia de Covid-19: tanto em suas propagandas quanto em suas ações, a empresa rapidamente traçou estratégias para se adaptar a este novo cenário mundial e ainda executar com brilhantismo o papel social de sua marca. 

Mas como a Natura utiliza o Design Thinking?

A Natura não nasceu ontem. Ela está muito ligada nos padrões atuais do mercado. Por alto, podemos citar o principal deles: a era do Nicho

A economia mundial hoje vive a história da cauda longa de Cris Anderson: foco total nas necessidades individuais e personalizadas do seu público alvo

Personalização e experiência do cliente é o que faz qualquer marca ter ou não sucesso atualmente. 

Desta feira, a Natura apostou no Design Thinking para criar seus produtos e para criar os processos que vão dar origem aos seus produtos e serviços, segundo a personalização e experiência necessárias para dialogar e encantar seu público alvo

Para desenvolver sempre produtos, serviços, e até mesmo ambientes e uma relação com o consumidor centrados, de fato, no consumidor e nas suas necessidades, a Natura adotou o Design Thinking em todas as suas etapas: metodologia de pesquisa, pensamento integrado e co-criação, inovação, prototipagem e desenvolvimento de soluções tangíveis

Em parceria com o MIT desde 2012, a Natura passou a fazer parte de um seleto grupo de empresas que pensam o futuro da humanidade de forma completamente integrada. Juntos, criaram o Hackathon Natura Campos, através do qual pesquisadores, cientistas, designers se unem para o desenvolvimento colaborativo.

Os participantes dos eventos de inovações e tecnologia da Natura concorrem a prêmios, tem muitas possibilidades de networking num ambiente propício. 

Ou seja: trata-se de um evento que promove, em outras palavras, a propagação da metodologia do Design Thinking e premia aqueles que melhor se saem em prototipar soluções inovadoras

Mas a Natura é apenas um dos muitos e muitos cases de sucesso na utilização do Design Thinking. 

Existem muitos cursos onlines, alguns gratuitos, outros pagos, cursos presenciais, workshops e formas de se aprender Design Thinking. 

O próprio MIT oferece curso online de Design Thinking, para quem quer aprender a utilizar a metodologia e aplicá-la na vida e no trabalho. 

O curso do MIT é indicado para profissionais dos mais variados ramos, como do marketing, do design de produtos, growth hackers, CEOS, executivos, consultores de inovação, diretores de arte… 

Portanto, não se deixe abater pelas dificuldades provocadas por esta enorme e avassaladora crise. Deixe que suas ideias mais mirabolantes aflorem, e busque nelas soluções plausíveis para inovar e se reinventar. 

Como filtrar ideias boas das apenas mirabolantes? A resposta é simples: Design Thinking. 

O processo? Vai depender de você!

Gostou? Ficou com dúvidas? Tem alguma consideração ou informação legal para compartilhar com a gente? 

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