Hoje em dia o sonho de muita gente é ser Youtuber ou Digital Influencer, mas… por que será?
Estava cá eu pensando com meus próprios botões outro dia, tentando fazer uma linha do tempo de como cheguei até aqui. Dentre uma infinidade de pensamentos, lembrei de quando eu tinha meus 5 ou 6 anos de idade. Estava ali no quintal de uma vizinha e desenhava no chão o super mouse, grande desenho animado dos anos 80. Daí ela me perguntou: Alex, o que você quer ser quando crescer? Respondi prontamente: desenhista!
Esta minha ideia veio a contrariar a escolha de minha mãe que queria que eu fosse marinheiro. Nem me imagino nas forças armadas. Enfim, fiz esta introdução pra começar a nossa conversa falando sobre as escolhas que estão ocorrendo hoje.
Percebo que cada vez mais as pessoas, independe de sua idade ou classe social, querem ser Youtubers ou Digital Influencers. Esse é o nome da moda até surgir outro termo ou adjetivo, haja vista que já tivemos Bloggers, Vlogers, Flogers… tudo basicamente a mesma coisa com um item a mais ou a menos.
Mas, por que isso está acontecendo?
Kéfera Buchmann, do canal 5inco Minutos.
Com o crescimento do advento internet, todo mundo tem algo a dizer. Se é bom ou ruim, fica a cargo de quem vai avaliar toda essa avalanche de conteúdo diário que temos todos os dias.
O ser humano em geral tem um bichinho carpinteiro dentro dele que o faz necessitar de um certo aplauso. Nos primórdios, as pessoas queriam ficar famosas pelo rádio, depois a TV surgiu como uma nova vitrine – e que vitrine!
De repente as profissões mais desejadas perderiam aos poucos o seu glamour. Advogado, engenheiro, médico, piloto de avião… esse desejo começou a ser substituído por artista de TV. “Eu quero é ser famoso!”. E a TV era o caminho.
Mas, para a maioria, não tinha lugar na TV. Era preciso ter conhecimento, experiência, o famoso Q.I. (Quem Indica) e muito mais. Não havia espaço para todos e a cada tempo mais difícil de entrar.
Daí, principalmente depois dos anos 2000, a internet teve um gigante crescimento em todo mundo. Aqui no Brasil não foi diferente. Como uma mágica qualquer mero mortal podia ter o seu próprio canal. Sua própria TV direto no computador, na palma da mão em seu smartphone. Hoje se pode ficar famoso apenas usando a câmera do celular.
O que não falta é lugar para aparecer. Youtube, Facebook, Instagram, Tinder para relacionamentos, enfim, não vou dizer todos aqui porque são vários e precisaria de mais artigos rsrs… Afinal, todo dia surge uma rede nova. Se você faz uso do Instagram, aproveite o nosso artigo Entenda tudo sobre edição de fotos no Instagram.
E para ter um canal no Youtube que seja “famosinho” não há regras. Não há uma receita de bolo. Mas, o principal é: VOCÊ PRECISA TER ALGO A DIZER! Desculpe-me a caixa alta, mas é isso. Se não há nada de bom a dizer, você pode ter até um video com sucesso de audiência, mas seu canal com certeza não será duradouro.
Um exemplo clássico do que estou falando é o canal do nosso amigo Whindersson Nunes. Quem diria que um menino, meio louquinho (no bom sentido), lá do interior do Piauí, competindo com os maiores canais de Youtube do país, com sua qualidade de produção, chegaria hoje ao topo. Até bem pouco tempo, e mesmo com todo o seu dinheiro, nosso bom Whindersson ainda gravava com uma câmera simples e editava em seu notebook “normalzinho”.
Whindersson Nunes em mais um apresentação com teatro lotado.
O que o fez chegar a mais de 22 milhões de inscritos no canal foi o seu conteúdo. Ele faz stand up comedy, é cantor, imita e toca violão. Criatividade é o que não falta ao nosso amigo que lota teatros por onde passa.
Toda esta audiência é convertida em monetização vinda do próprio canal ou de contratos de trabalho. Isso é um verdadeiro sonho para essa geração que já cresce conectada.[/vc_column_text][nectar_video_lightbox link_style=”play_button_2″ nectar_play_button_color=”Default-Accent-Color” image_url=”4379″ box_shadow=”none” video_url=”https://www.youtube.com/watch?v=n1ezUGvosIU”][vc_column_text]
Ele é um exemplo entre tantos outros. Com isso, ele e outros como Cauê Moura, Felipe Neto, Kéfera, Castanhari acabam influenciando uma geração que deseja seguir o mesmo caminho. Mas é preciso se atentar ao fato de que para chegar onde estão, eles trabalharam muito, investiram muito, pesquisaram muito e se reinventaram muito.
Enfantizo a palavra “muito”, pois chegaram onde chegaram e não foi a toa. É um erro comum entre quem está começando nessa vida que hoje é uma profissão e uma realidade achar que tudo é glamour, flores e presentinhos de seguidores. Isso é consequência.
– Ah, mais isso é só uma modinha! Logo vai passar.
Já ouvi muito esta afirmação. Assim como a marolinha que um ex presidente citou em um passado recente, a onda youtubiana não passou. E não vai passar. O que pode acontecer é ela evoluir.
A internet mudou de vez a forma de comunicação. Hoje um cantor é avaliado em quantos milhões de views teve o seu clipe, um youtuber também. O que era apenas um cidadão comum falando em seu canal, passou a ser uma web celebridade contratada para eventos, peças de teatro, campanhas publicitárias, cinema e a própria TV.
A TV da forma que conhecemos há alguns anos está se transformando e se adaptando a linguagem da internet. Os canais pagos em TV a cabo são os principais exemplos. Na enorme TV Globo, o programa Zero1 tem uma linguagem, formato e edição totalmente web.
Uma fatia do público não sabe o que é horário nobre, muito menos novelas. Agora pergunte sobre série do Netflix.
Não adianta ter um canal sem ter no mínimo criatividade e ousadia. Outro dia postamos aqui no blog 12 dicas de como exercitar sua criatividade. É uma bela ajuda.
O Youtube é uma fonte de renda, isso é fato. Aliás, uma bela fonte de renda. Mas se você pensa em criar um canal para ganhar dinheiro, não sei se é o melhor caminho. Pelo que temos visto em pesquisa, quem começa assim desiste antes do quinto video. Primeiro tenha algo a dizer, defina seu público, fale a língua que eles entenderão. Se será sucesso ou não, isso você vai descobrir com o tempo. E como minha última dica, inove-se sempre!!