O eterno conflito de como saber ser minimalista. Como ser simples sem ser simplório? Pegue sua caneca de café e boa leitura!
Nós designers estamos cansados de saber que uma coisa não sai de moda nunca no que diz respeito a qualidade no trabalho de criação. O famoso menos é mais. Mas o que faz dessa frase singela algo tão emblemático e que nos chama tanto a atenção? O que nos fascina na criação é o poder de expressar tudo o que sentimos, conhecemos e nossa carga de experiência em determinado job. Isso, evidentemente, sem deixar de lado o principal foco do trabalho: transmitir aquilo o que o cliente quer vender. Seja este um conceito, um produto ou um serviço.
Embora saibamos o que fazer, a empolgação do criativo naquele trabalho pode usar vários elementos. Ou apenas seguir uma tendência de mercado. Sem que nós mesmos percebamos, somos sujeitos a criar trabalhos poluídos e essa poluição visual num montante traz cansaço aos olhos e ao cérebro que absorve diariamente uma dose excessiva de informação. E é em meio a este caos visual que o clean se destaca.
Menos = Mais
Design = Solução & Praticidade
Na maioria dos casos, o design minimalista busca a rápida identificação e compreensão do que é visto e, principalmente no caso dos produtos, busca-se a praticidade. Dispensando apresentações, falemos do ícone Steve Jobs (e de sua equipe, claro!). Voltando um pouco à história recente do design, analisemos como eram os microcomputadores da época. Sim, estranhou o nome “microcomputadores”? Rsrsrs… é que sou dessa época onde os computadores preenchiam uma sala e depois diminuíram este caixote tecnológico para os de mesa, batizando-os assim de MicroComputadores. Então, analisemos como eram os PC’s e como o velho Jobs apresentou ao mundo uma solução de praticidade e design. A qualidade do video não é das melhores, mas vale a visualiação:
Neste exemplo não temos apenas o início da eterna briga Mac x PC. O que vemos aqui vai além disso. Os engenheiros da Apple tinham um produto, o computador. Daí identificaram as coisas boas e ruins dele. Identificaram o que poderia ser melhorado e o que poderia encantar o consumidor final, ou seja, o usuário.
Eles queriam criar um modelo de computador que fugisse dos longos metros de fios e das várias tomadas e conexão. Queriam um produto que fosse tão fácil de usar que até uma criança não teria dificuldade de montá-lo e ligá-lo.
Acredito que o mesmo conceito precisa ser usado em todos os projetos de design. O projeto deve ser pensado como o usuário.
E o que podemos ressaltar deste case da Apple:
- Um design mais arrojado e jovial;
- Ousaram em utilizar acrílico como material principal, fugindo dos bom e belho tom de PVC amarelado;
- Criaram o conceito do computador All-in-one, ou seja, tudo junto na mesmo corpo;
- Diminuíram a quantidade de fios e tomadas;
- Fizeram um ótimo uso das saídas USB. Veja que bacana a conexão mouse > teclado > monitor;
- Quem mais ousaria em um formato redondo e compacto?
- Abusaram de um dos conceitos básicos do design: Praticidade. É fácil de montar. Fácil de ligar. Fácil e prazeroso de usar.
Este foi apenas o ponta pé inicial para o desenvolvimento de uma nova geração de computadores. Olha a evolução dos iMac’s desde o seu lançamento em maio de 1998: