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A reação do mercado de eventos em meio à pandemia

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Brunella Rizo

Capixaba, publicitária e pós-graduanda em Comunicação e Marketing Digital. Tenho experiência na área de atendimento, planejamento, execução de eventos e gerenciamento de mídias sociais. Atualmente, sou coordenadora da equipe de atendimento publicitário na agência Resultate.

O ano de 2020 está sendo marcado por uma pandemia e é nesse momento que a palavra reinventar ganhou ainda mais força e sentido, com destaque para o setor de eventos que tanto influencia na economia. 

As formas de consumo, o modo de frequentar eventos e os modelos de trabalho mudaram. Houve uma necessidade de fazer com que o grande fluxo de pessoas nas ruas, nos comércios e meios de transporte diminuísse ou até mesmo fosse interrompido, deixando apenas as atividades essenciais em funcionamento. Foi um baque muito grande, as notícias circulavam que o COVID-19 estava em outro país, do outro lado do mundo, mas então ele chegou ao Brasil, os números cresceram e as medidas para as pessoas ficarem em casa começaram a serem instauradas. 

Para nós, brasileiros, isso de ficar em casa, não poder abraçar as pessoas, usar máscara em todos os lugares, não frequentar bares, boates e até mesmo não fazer um churrasco com família e vizinhos têm sido difíceis de superar. Além disso, é assustador o avanço do contágio da doença, pois começou a atingir todas as pessoas, não só um grupo de risco tão específico, foi possível ver amigos e familiares sendo acometidos pela doença. 

Não parando por aí, mas falando dos setores que rodeiam a economia, a maioria deles foram afetados. É um momento difícil para todos e por isso foi necessário ir em busca de novos meios para se diferenciar no mercado. Chegou a hora de se reinventar! 

Como exemplo, vou abordar o mercado de eventos, um dos que mais movimentam o economia no Brasil, representando 4,6% do PIB nacional, de acordo com dados da ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), e que no ano de 2020 foi um dos mais afetados por conta da pandemia e consequentemente representará déficit na economia.

Combinar o digital com as ferramentas tecnológicas foi essencial para esse cenário. Como as pessoas não podiam mais sair de casa para estar em locais com aglomeração, o modo de produzir eventos teve que mudar.

Quais foram as soluções encontradas? 

Como dizem “o show não pode parar” e foi por meio das transmissões ao vivo via streaming nas redes sociais do Facebook, Instagram e Youtube que os shows continuaram. No início as produções eram mais caseiras, mas com o passar do tempo as lives ganharam muito mais visibilidade e até agenda com as datas das transmissões passaram a serem compartilhadas nas redes sociais. Não só os shows, mas eventos, como feiras, conferências, workshop, também passaram a ser de forma virtual. 

É importante destacar que as lives sempre pediam doações, que eram direcionadas a comunidades, hospitais ou órgãos da saúde que estavam relacionados ao enfrentamento do COVID-19. 

Outra solução que empresas ligadas ao mercado de eventos arrumou foi o take away e drive thru. Como as empresas que trabalham com buffet viram uma oportunidade manter o negócio de pé, produzindo as comidas para retirada ou levando até a casa das pessoas. 

O evento para você sair de casa, mas não do carro: Drive-in 

Aos poucos o mercado busca uma forma de voltar com os eventos, pois envolve muitas pessoas que estão desempregadas, negócios indo a falência, e se faz necessário que a economia gire. Uma das alternativas encontradas é o evento no formato Drive-in. 

Seguindo os protocolos de segurança e higienização é possível realizar um evento num espaço aberto, onde as pessoas acessam de carro, sem necessidade de sair do seu interior, além de um delivery para servir comida e bebida dentro do veículo. 

Os eventos seguindo esse modelo têm ganhado força, os espaços, como estádios, tem passado por adaptações para receber os veículos e as políticas de cada estado tem sido estudada para liberar os shows com artistas e/ou exibição de filmes. 

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Fonte: Veja Rio (2020)

É válido destacar que esse tipo de evento ainda não é tão lucrativo para as empresas de evento como eram os eventos presenciais, pois é uma nova estrutura, uma série de cuidados e treinamentos devem ser tomados junto a equipe, então se faz necessário negociar com os fornecedores para que sejam flexibilizados os custos e cachês. Além disso, existem artistas que não se sentem confortáveis em realizar um show para “carros” ou não concordam com a ideia de terem flexibilizado essa modalidade. 

Agora, os patrocinadores possuem um papel muito importante, eles ajudam a financiar esse tipo de evento e se conseguem se mostrar presente como uma forma de incentivar a cultura, enaltecer o audiovisual e ser uma opção de entretenimento. 

E você, o que acha desse novo modelo de evento? Compartilhe comigo a sua opinião ou experiência! 

Continuamos na torcida para que tudo isso passe e logo mais possamos nos encontrar em eventos, abraçar e curtir juntos. Mas lembre-se, fique em casa e cuide-se! 

Até o próximo artigo! ;*



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