Minimalista, colorido, ousado e sexy: essas são palavras que podem definir as ilustrações de Malika Favre
Malika Favre é uma ilustradora francesa sediada em Londres. Seus trabalhos são muitas vezes descritos como uma mistura de Pop Art e Op art, já que suas paletas de cores são sempre muito fortes e o uso de forma geométricas é sempre aplicado a fim de dar uma impressão de movimento nas peças.
Seus clientes são variados: Vogue, The New Yorker, Sephora e Penguin Books são alguns deles, além de muitos outros. Seu estilo inconfundível a fez ter sucesso como ilustradora internacional, não só por ter movimento e curvas sensuais, mas também por ela conseguir transmitir narrativas interessantes com formas definidas, muito uso inteligente de Gestalt e de espaço positivo e negativo.
O uso de listras, cores chapadas, pontos definidos de atenção, minimalismo e padronagens – estas aplicadas de forma nada tradicional, nos surpreendem: conseguimos ter um direcionamento claro de onde vamos passear com os olhos, percebemos detalhes e no final ficamos encantados em como é possível usar as cores e as formas geométricas de um jeito tão favorável à história que ela quer contar pro público.
Seu interesse por ilustração veio desde a infância, quando ela se dedicava todos os dias aos desenhos. Em uma entrevista Malika fala que sua mãe – que era pintora – desenhava junto dela e, como em sua casa não tinha televisão e video games eram proibidos, o que restava a ser feito era desenhar e soltar a criatividade. Mesmo seus desenhos não sendo perfeitos quando criança, sua mãe a pressionava e ajudava a melhorar sempre. Assim, ela sabia que iria fazer isso por toda a vida e que queria ser o tipo de artista que consegue ganhar dinheiro com seus trabalhos. Ela comenta que seu pai, apesar de ser uma pessoa nada criativa a ajudou a encontrar caminhos na forma de pensar e contar histórias. Nada como o estímulo artístico em família!
Seus estudos regulares na área de design e ilustração começaram na França, que tem característica muito rígida com relação a arte. Nesse período ela admite não conseguia ver como viver ilustrando profissionalmente, porém ao entrar para um curso em Londres, ela pôde experimentar como seria se encontrar, encontrar seu estilo de maneira mais solta, mais flexível e mais divertida.
Hoje ela acredita que a evolução de seu trabalho seja feita de forma orgânica e natural, nada forçado. Enquanto ela continua desenhando e tentando coisas novas, seu trabalho evolui e se modifica sem mesmo que ela perceba. Ela acha que quando fazemos escolhas desse tipo conscientemente, o projeto acaba ficando sobrecarregado.
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