Elas não são menos importantes que as hard skills. Essas habilidades caminham juntas, buscando o equilíbrio entre si. Uma é mais ‘racional’ e a outra mais ‘emocional’. Uma comprova e a outra se reinventa diante dos desafios. Nesse artigo, vamos conversar um pouco sobre as soft skills.
As nossas soft skills são as nossas habilidades comportamentais: tenho atitude, pró-atividade, senso de organização, sou observador, comunicativo, tenho espírito de liderança? Tenho pensamento criativo?
Tenho habilidades para administrar o tempo ou construir processos? Sou muito bom em raciocínio lógico? Dou a volta por cima numa boa diante das chatices e ignorâncias alheias?
Tenho espírito empreendedor? Gosto mesmo é de aprender fazendo? Sinto prazer em ouvir histórias que me ajudam a ampliar algumas percepções?
Viajar também é uma forma de conhecer outras realidades? Gosto de conhecer outras culturas como uma bela forma de aprender mais?
E mais: como se reconhecer nessas soft skills, se apropriando delas para ter resultados mais coerentes ao seu valores e objetivos?
Tecnologias a favor das habilidades
Na internet encontramos muitos testes legais que são capazes de fazer leituras incríveis sobre o nosso perfil.
Você já fez algum desses? Vale a pena se dedicar alguns minutos com o intuito de observar as suas forças e o que precisa melhorar para estar mais alinhado e consciente.
Esse aqui é bem conhecido e revela características bem interessantes:
Depois me conta se os resultados coincidiram com as suas características, mas acredito que você vá se surpreender! ; )
Já existem muitas pesquisas com inteligência artificial em desenvolvimento. Uma dessas tecnologias será capaz de desvendar a personalidade pelo jeito do nosso olhar.
Nada de currículo
Algumas empresas estão revendo a forma de captar talentos no mercado. No ano passado participei de um processo seletivo na Natura, que selecionou perfis empreendedores para o Programa Coragem.
Passei por algumas fases como testes de personalidade, habilidades cognitivas, compartilhei meu percurso em projetos e experiências de vida, mas em momento algum me pediram o currículo ou qualquer comprovação sobre a minha trajetória acadêmica.
Na etapa presencial foram observadas as nossas atitudes e formas de interagir com as pessoas nas atividades práticas.
O modelo da dinâmica foi bem semelhante ao utilizado pelo Startup Weekend – evento mundialmente conhecido que incentiva o empreendedorismo inovador.
Quantas Helenas pelo mundo?
Outro dia me deparei com um vídeo que mexeu muito comigo. É daqueles que você assiste dez vezes sem se cansar, compartilha com os amigos, envia nos grupos de Whatsapp e publica nas redes sociais.
É a história da Helena Schargel que aos 79 anos contou a sua experiência empreendedora numa palestra para o TedX.
Depois de aposentaria, decidiu-se empreender criando uma marca de lingerie 60+, com a intenção de incentivar as mulheres com mais de 60 anos a saírem da invisibilidade.
Quantas hard skills e soft skills a Da. Helena foi capaz de acumular ao longo da vida, para ser capaz de ser reconhecida como ativista da melhor idade, que incentiva a criatividade e o empreendedorismo numa época “fora do eixo” para a maioria das pessoas?
E o quanto vamos precisar nos reinventar já que a expectativa de vida tem só aumentado? A pirâmide etária do nosso país tem mudado muito nos últimos anos.
Vamos viver mais e com isso precisar descobrir novas formas de viver melhor, aproveitando as nossas habilidades por muito mais tempo ou até descobrir outras impensadas.
O retrato da nossa população nos anos 80 e nos próximo 30 anos é esse:
Quais serão as nossas habilidades para observar as oportunidades diante das transformações?
Quais são e serão os novos públicos e suas formas de consumir e pensar? O que precisaremos aprender na prática, considerando as nossas características tão particulares?
O que estamos dispostos a aprender e quais as novas soft skills vamos desenvolver? Sim, muitas delas ficam escondidinhas no fundo do armário, como disse Da. Helena.
Estamos vivendo o hoje, entendendo a importância de olhar para o horizonte, percebendo as transformações que acontecem na velocidade da luz.
Tem muita gente por aí confessando o desejo de viver o novo, que os ajude a ampliar as percepções e se conectar com os propósitos que são coisas da alma – às vezes ela grita a vida inteira sem ser ouvida.
Gosto muito daquela pergunta: Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
E quando a gente sente “um trem por dentro”, indicando que é hora de viver novas experiências, tenhamos a coragem então, que também é uma habilidade que pode ser instigada por nós mesmos como parte do desafio de conhecer as nossas soft skills.
E aproveita para ler o meu artigo anterior sobre hard skills, para ter uma ideia mais completa sobre as habilidades.
Se você sente que há um mundaréu de habilidades a descobrir, você não está só!
Mas a parte mais interessante, leitor, é quando você tira as suas ideias do papel e do coração e se lança no palco da vida.