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10 dicas de como planejar uma viagem fotográfica ÉPICA

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Paulo Freitas

Paulo Freitas

Fotógrafo profissional especializado em paisagens. Reside no Texas, mas é mais fácil encontrá-lo com uma mochila nas costas em algum outro lugar. Formado em Design, gosta de compartilhar o que aprendeu em mais de 15 anos trabalhando com imagens. Através de suas fotos, procura inspirar pessoas a levantar do sofá e conhecer o planeta que elas moram

Se você quer saber como fazer pra encontrar boas locações, planejar um itinerário e voltar da sua próxima viagem fotográfica com imagens dignas de moldura, vou listar aqui alguns pontos que podem te ajudar.

Seja você fotógrafo profissional ou alguém que se interessa pelo assunto, acredito que um bom planejamento seja a chave para chegarmos nas fotos que almejamos em uma viagem fotográfica. Dá um trabalhinho, mas o resultado vale a pena!

1 – Comece pesquisando pelas fotos clássicas

O primeiro passo é sempre consumir o máximo possível de conteúdo que a internet oferece. Pontos turísticos famosos são certamente os locais mais fotografados do seu destino. Se sua intenção é fazer a sua própria versão dessas fotos, uma simples pesquisa no Google como “pontos turísticos mais famosos do Colorado – EUA” vai te trazer uma chuva de sites e blogs especializados indicando quais são esses locais e seus melhores ângulos. Aproveite essa pesquisa inicial para saber sobre horários de funcionamento e a melhor forma de se deslocar até lá.

O Maroon Bells é o ponto mais fotografado do Colorado (EUA). É fácil de entender o motivo né? 🙂

2 – Aproveite as redes sociais

As redes sociais são uma fonte incrível de informação! Tente colocar no Instagram o nome do local desejado e escolha busca por “Locais”’, assim você vai encontrar fotos que outras pessoas tiraram e marcaram como sendo daquele local. Pode parecer um recurso simples, mas é uma excelente opção quando você não encontrar muita informação sobre seu destino no Google.

O YouTube é um outro recurso importantíssimo, ainda mais se você estiver com o inglês em dia. Ao buscar coisas como “Italy Landscape Photography” você vai achar inúmeros vlogs e guias de fotógrafos que já exploraram a área e estão dispostos a compartilhar dicas valiosas. Além disso, ao assistir vídeos você já vai criando um repertório visual mais realista de como é a área como um todo.

Dá pra passar dias assistindo vídeos de viagem no YouTube!

Uma outra rede muito útil é a Locationscout.net. Se trata de uma ferramenta onde fotógrafos compartilham pontos de interesse e dão diversas informações sobre aquele local. Diferente de outros de blogs de viagem e sites de turismo, o foco aqui é a fotografia, o que faz com que sua busca seja muito mais direta.

3 – E pra ir além da foto clássica?

Como já sabemos, quanto mais famoso um local, mais informação você vai encontrar sobre ele na internet. Entretanto, na maioria das vezes o que você vai encontrar são pontos turísticos. Se você é como e eu gosta de explorar, de achar novos ângulos e locações menos documentadas, se prepara pra gastar mais umas horinhas de pesquisa!

Comece fazendo o dever de casa e passe pelos pontos 1 e 2 acima. Depois de já saber tudo sobre os pontos famosos daquele local e já ter visto inúmeras imagens, é hora de usar o melhor amigo do fotógrafo de paisagem: o Google Maps. Boa parte do tempo da minha pesquisa para uma viagem fotográfica eu gasto aqui, analisando o mapa, terreno e relevo do local.

Pense no tipo de foto que você quer tirar. Se seu objetivo é montanhas, abra o mapa e ative o recurso “Terreno”. Procure por áreas com drásticas diferenças de altura, quanto mais “enrugado” o mapa, melhor. Isso significa que a área tem grande variação topográfica e isso geralmente significa mais chances de você encontrar bons enquadramentos. Use também o Google Earth pra ter uma visão em 3d do local e encontrar possíveis locações.

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Local com pouca variação topográfica
versus outro com muita. 

Se seu objetivo é fotografar o mar, procure por pequenas enseadas ou áreas onde o terreno também possua variação topográfica. Isso vai lhe permitir explorar diversos ângulos e não ficar preso a somente uma composição, que é o que acontece muitas vezes quando estamos em uma praia grande e aberta.

Veja por exemplo as imagens abaixo de uma praia em Galveston – Texas. Ambas foram tiradas no mesmo dia, no mesmo local, com uma diferença de 5 minutos entre uma e outra. A da esquerda mostra o mar e a areia, a da direita um conjunto de casas construídas por cima de pequenos pedaços de terra, com braços de mar envolta. Note como na primeira é bem mais difícil de encontrar uma composição diferenciada, já que a praia é completamente reta, não oferecendo muitas linhas guias, formas ou padrões a serem explorados. Já a segunda foto, clicada cerca de 500 metros pro lado, oferece uma variação de enquadramentos muito superior devido à riqueza de texturas e curvas presentes na composição.

Galveston – Texas

Se observamos esse mesmo local no Google Maps, fica fácil notar a diferença do terreno e como ele pode nos ajudar a planejar nossas fotos.

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Como o Google Maps nos mostra o terreno das fotos acima
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4 – Marque no mapa o que for descobrindo

Ainda no Google Maps, sempre que descobrir um local de interesse vá marcando com pins e salvando em uma lista. Basta selecionar o ponto desejado que o app vai colocar um pin, em seguida clique em Salvar e escolha uma lista (ou crie uma nova específica para sua viagem fotográfica). Sempre que vou a um novo destino, eu começo uma lista com potenciais locais a serem fotografados. Isso facilita bastante na hora de programar o que você vai fazer em cada dia e traçar um roteiro.

É possível também adicionar notas em cada ponto. Essa prática é muito útil para colocar alguns detalhes extras que você for descobrindo durante sua pesquisa. Por exemplo, se aquele local é mais propício para o nascer do sol, pôr do sol, se tem alguma restrição de horário, etc.

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Meus pins da ilha de Creta e algumas anotações sobre os pontos.
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5 – Se informe sobre a posição do sol, os horários e o clima

Quando estou numa viagem fotográfica, o nascer e o pôr do sol são os pontos mais importantes do dia, toda a minha agenda é organizada em torno do horário e da posição do sol, pois é quando encontro a melhor luz para as fotos que busco. 

Comece se informando a que horas o sol nasce e se põe na época em que você vai estar no seu destino. A variação pode ser enorme dependendo da época do ano. Nos países escandinavos por exemplo, durante o verão o sol praticamente não se põe, enquanto que durante o inverno alguns locais ficam meses no escuro.

Em seguida, pesquise sobre o clima e pense no tipo de foto que você busca. Não adianta sonhar em fotografar os campos da Toscana e viajar pra lá no inverno, quando está tudo seco e marrom. Da mesma forma, se sua ideia é fotografar uma floresta de outono, um intervalo de 1 semana já é suficiente para mudar completamente a paisagem.

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Pra tirar esse tipo de foto na Toscana, se programe para ir entre Abril e Junho 

6 – Use aplicativos que te informam a trajetória do sol

Depois de encher o mapa de pins, de saber sobre horário do sol e checar o clima já podemos começar a planejar o melhor horário pra se estar em cada locação. 

Existem vários apps que te ajudam a descobrir a trajetória do sol e o local exato onde ele vai nascer e se pôr. O que eu sempre uso é o PhotoPills (é pago e vale muito a pena, mas existem também alternativas gratuitas). Ele é bem robusto e com muitas funcionalidades, sendo que duas delas me chamam mais a atenção. A primeira é o Planner, uma ferramenta que me permite colocar um ponto no mapa e visualizar qual a trajetória do sol vista daquele ponto. Já a segunda é o AR (Augmented Reality), que eu geralmente uso quando estou no local para descobrir exatamente em que ponto do horizonte o sol vai passar. É um recurso extremamente útil pra conseguir fotografar o sol passando atrás de uma rocha ou para planejar seu enquadramento com antecedência.

O Photopills é o canivete suíço digital do fotógrafo. O Planner (Esq.) e o AR (Dir.) são dois recursos que não consigo mais viver mais sem.

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7 – Pense com antecedência no seu equipamento

Ninguém gosta de carregar uma mochila pesada por horas, então pense com cuidado no equipamento que você vai levar em sua viagem fotográfica. Se possui múltiplas lentes, veja quais vão ser úteis para o tipo de foto que você procura e só leve as que realmente forem necessárias. Dê preferência às lentes de zoom, já que elas cobrem múltiplas distâncias focais e são mais versáteis. Lentes claras, com grandes aberturas como f/2.8 e f/2, costumam ser mais pesadas que lentes com aberturas menores. Se você vai fotografar com um tripé, talvez lentes com aberturas como f/4, f/5.6 já sejam suficientes e te poupem algumas preciosas gramas.

Considero também de extrema importância ter um HD externo durante a viagem, pois ele permite que eu vá salvando as fotos conforme os dias vão passando e assim não arrisco sair por aí com o cartão de memória cheio de fotos. Na verdade, só salvar no HD externo ainda considero pouco. Sempre programo um backup automático na nuvem todos os dias, mas isso é assunto pra outro texto.

8 – Considere fazer um seguro do equipamento

Eu sei, seguro é caro e ninguém gosta de pagar, mas pior do que a sensação de pagar seguro é a sensação de perder todo o seu equipamento. Eu nunca passei por isso, mas imagino que deva ser desesperador. Lembre-se que tudo pode acontecer, desde a companhia aérea perder sua mala (caso você opte por despachar, é claro) até algum assalto ou um simples tropeço numa trilha com a sua câmera na mão.

Atualmente, estou numa longa viagem carregando computador, câmera, 3 lentes, filtros para câmera, drone, filtros para o drone, gimbal e tripé. É um investimento muito alto dentro de uma só mochila, então vai por mim, que sua tranquilidade vale mais do que o valor do seguro.

Equipamento que carrego atualmente em uma viagem fotográfica. Mesmo tentando reduzir ao máximo, ainda são 11kg nas costas sempre que saio com a mochila!

9 – Fique de olho na previsão do tempo

Saber ler a previsão do tempo é uma habilidade que vai te ajudar muito em qualquer tipo de fotografia externa, principalmente paisagem. Afinal, nada mais frustrante que acordar super cedo para pegar o nascer do sol e descobrir que o céu está completamente encoberto, né?

O maior problema é que, dependendo do tipo, nuvens podem ser boas ou ruins. Contudo, os sites de previsão do tempo geralmente são limitados nesse quesito e é aí que entra um outro app extremamente útil: o Clear Outside (gratuito). Com ele você tem acesso não somente à informações de temperatura e cobertura de nuvens, mas também à proporção entre nuvens baixas, médias e altas. Não vou entrar em muitos detalhes porque não é o objetivo aqui (e também não sou meteorologista :D), mas geralmente nuvens baixas são bem carregadas e encobrem o céu. Já as altas são aquelas que ficam iluminadas no pôr do sol e criam texturas incríveis nas fotos.

Portanto, quando olhar para previsão no Clear Outside, verifique se no horário do nascer/pôr do sol você encontra uma boa concentração de nuvens altas e poucas de nuvens baixas.

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Parece complicado, mas não é! O Clear Outside nos dá informações valiosas sobre as nuvens.

10 – Atenção ao relógio!

Deslocamentos sempre levam mais tempo que o planejado, então quando estiver se programando pra chegar na locação em um horário determinado, reserve tempo para o trânsito e eventuais contratempos. Quando chegar, tente se familiarizar com a área e estudar possíveis enquadramentos antes de sacar a câmera e começar a clicar.

E o mais importante de tudo: aproveite! Afinal, você está em sua tão sonhada viagem. Não se estresse tanto com a fotografia a ponto de não conseguir apreciar esse momento tão especial.

Agora me fale um pouco sobre você. Quais são as suas dicas para planejar uma viagem fotográfica? Escreva nos comentários abaixo e vamos deixar esse guia ainda mais completo!

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