O logotipo certo não é aquele mais bonito ou mais moderno, é aquele que consegue representar a personalidade da sua marca, criando uma conexão com seu público-alvo.
O que é um logotipo?
Segundo o dicionário do Google, é o símbolo que serve à identificação de uma empresa, instituição, produto, marca etc., e que consiste, geralmente, na estilização de uma letra ou na combinação de grupo de letras com design característico, fixo e peculiar.
Segundo o Wikipedia, um logotipo é uma assinatura institucional, a representação gráfica de uma marca… Como toda a assinatura, o logotipo segue um padrão visual que o torna reconhecido.
Na tradução literal, do grego, “logos” significa conceito ou significado. Já “typos” significa símbolo, figura ou caractere. Nesse raciocínio, logotipo significa algo como símbolo de um conceito.
Em outras palavras, logotipo é a principal identificação gráfica da marca, é através desse elemento visual que muitas pessoas vão conhecer o negócio. Ele vai estar nas redes sociais, no site, no cartão de visitas, no uniforme, nas embalagens dos produtos e onde mais a marca precisar se comunicar.
Logotipo é o mesmo que logomarca?
Popularmente, sim, mas existe um pequeno equívoco nessa palavra que vou aproveitar o tema desse artigo para explicar.
Formada pela junção de Logo, que conforme foi explicado ali em cima, vem do grego “Logos”, que significa significado ou conceito + Marca, que vem de “Marka”, palavra germânica que tem o mesmo significado de “Logos”: significado ou conceito.
Sendo assim, Logomarca seria uma redundância sem sentido: Significado do significado ou Conceito do conceito. Soa estranho né?
Mas como Logomarca é um termo bastante difundido (basta jogar no Google), não há como criar distinção entre este termo e logotipo.
Como sei se meu negócio tem o logotipo certo?
O logotipo certo é aquele que está alinhado ao propósito do negócio, apresentando coerência com o segmento e a personalidade da marca. Se você e seus clientes olham para o seu logotipo e pensam que ele tem tudo a ver com a marca da sua empresa, provavelmente tá tudo certo, mas se algo está destoando ou incomodando, pode ser a hora de repensar.
Geralmente o logotipo é o primeiro ponto de contato entre o seu negócio e seu cliente, ele deve que ser capaz de proporcionar uma boa conexão, não só com clientes mas com todos os públicos envolvidos: colaboradores, parceiros, fornecedores, seguidores, etc.
Por n motivos ou simplesmente por maturidade de mercado, as marcas mudam seus discursos, evoluem seus serviços, criam novas formas de se relacionarem com as pessoas e isso pode criar um desalinhamento entre o que a marca passou a ser e seu logotipo atual. Faz parte do processo, mais cedo ou mais tarde isso pode acontecer.
Todavia é muito comum as marcas já nascerem com um logotipo ineficiente. Muito comum mesmo! Os erros mais recorrentes são: com o intuito de economizar nos investimentos iniciais do novo negócio, o próprio empreendedor se aventura em criar seu logotipo ou contrata um designer inexperiente.
Outro erro comum é criar o logotipo, antes de definir bem o modelo de negócio e a personalidade da marca. Provavelmente o rumo da empresa vai começar a mudar rapidamente de direção e de repente terá se tornado em algo totalmente diferente do para o qual, o logo foi pensado.
Para ilustrar, vamos imaginar algumas situações:
- Uma sorveteria inicia sua jornada com um logo que possui como símbolo um sorvetinho. No entanto, com o passar dos anos, a sorveteria começou a servir açaí, café, lanches e criou um espaço bem aconchegante de Coworking. Nesse momento o sorvetinho, provavelmente, não está mais representando o negócio como deveria.
- Uma clínica de odontologia começa atuando com foco em crianças e para tanto criou um logotipo todo simpático e divertido. Porém enxergou a oportunidade de abrir espaço para outros profissionais com especialidades variadas, passando a atender a públicos diferentes. Nesse caso, o logotipo divertido ficou informal demais e pode começar a prejudicar a imagem do negócio.
- Um coach financeiro contrata um profissional para criar sua identidade visual, que cria um logotipo lindão, na cor vermelha. Sem perceber o problema, o cliente aprova e segue tocando o negócio. Pode ser que algumas pessoas sintam algo negativo ao buscar um profissional que vai te ajudar a obter sucesso financeiro, vendo o vermelho como cor principal na identidade visual dele. Vermelho soa negativo, quando o assunto é dinheiro.
Conclusão: se o logotipo não representa o que a marca é, por qualquer motivo e isso a impede de se conectar com o público-alvo, esse é o momento de se repensar, de mudar, de criar o logotipo certo.
Um logotipo não faz nada sozinho
Tenho uma frase que uso no meu site, onde digo: “Uma identidade visual tem que, entre muitos dos seus papéis, traduzir a personalidade da marca. E o logotipo, como primeiro elemento de contato visual, deve ser capaz de sintetizar os principais atributos.”
Não há dúvidas da importância desse elemento visual, mas para construir um relacionamento com o público da marca, não basta o logotipo. É preciso uma identidade visual que contribua para o fortalecimento da marca, garantindo consistência, coerência e uniformidade às aplicações. Uma linguagem de comunicação coerente e um tom de voz capaz de dizer quem a marca é e seus valores.
As pessoas se identificam e se relacionam com uma marca porque acreditam nela, porque veem nela algo em comum. Não são os atributos visuais, apenas. A marca fala, se expressa.
O logotipo certo não é tudo, mas é uma excelente capa para o livro
Termino esse artigo dizendo: se você não conhece o conteúdo, é a embalagem que importa. Em outras palavras, o logotipo não é tudo, mas é a capa do livro e, sim, as pessoas julgam o livro pela capa. As histórias contidas nele podem ser ótimas, mas se a primeira impressão não for boa, hummmm… corre o risco de ficar na estante.
Até o próximo artigo 😉
