É muito comum e errado as pessoas relacionarem a palavra design apenas a estética. “Nossa, o design de tal coisa é lindo“, “Capricha no design aí, hein!“, “Design é tudo, né?“. Mas será que só os atributos visuais são suficientes para determinar o sucesso de um produto? Vamos responder a isso, falando de estética funcional focada na experiência do usuário.
Quero ressaltar aqui que priorizar a experiência do usuário foi uma das grandes lições que Steve Jobs nos deixou. Na apresentação do primeiro iPhone, as frases mais faladas foram: “É simples de usar“, “É fácil de usar“, “Melhor experiência“. Se você procurar por esse vídeo, vai perceber que ele deve ter falado essas frases umas 30 vezes, pelo menos. Outra frase que ele gostava muito de usar era “Você deve começar com a experiência do usuário e depois reverter para tecnologia”.
Certa vez um amigo me contou sobre a dificuldade que ele tinha em incluir a mãe dele no mundo digital. E depois de muito insistir para ela se familiarizar com um notebook (sem sucesso), ele tentou um iPad… e pronto! Em pouco tempo ela já usava e-mail, redes sociais, sites de notícias, etc. O diferencial era que se ela se perdesse, a qualquer momento bastava pressionar o único botão do dispositivo e já estava pronta pra recomeçar do ponto de partida. Um mega exemplo em que a simplicidade foi um fator chave para a experiência do usuário.
A Experiência Começa Pela Capa
Essa história de que não devemos julgar um livro pela capa é apenas uma teoria bonita. Inevitavelmente, a nossa visão será o primeiro sentido estimulado e o primeiro parâmetro de avaliação. A experiência com a leitura e a estética das páginas virá depois.
As embalagens, por exemplo. Já foi o tempo em que elas tinham como função apenas proteger o produto e trazer as informações principais do mesmo. Elas são o primeiro ponto de contato, ou seja, a primeira interação que o usuário terá. E lembre-se: só há uma chance de causar uma boa primeira impressão.
Mas Afinal o Que é Design
Design é o resultado de um processo criativo de idealização ou concepção. E esse resultado não pode existir apenas para ser bonito. Ele deve funcionar de forma simples e intuitiva! Caso contrário será motivo de frustração e decepção. Um belo objeto que não funciona 🙁
Eu, particularmente, sempre pensei em design como solução de problemas. É necessário, antes de pensar em como vai ser o resultado final da criação (solução), pensar em quem vai usar, como e porque ele será usado (problema).
E a Experiência?
A experiência do usuário ou UX (User Experience) como também é chamado, é a soma dos atributos de um produto, responsáveis pelas interações, que vão gerar percepções positivas ou negativas nesta pessoa. Segundo Donald Norman, que usou o termo UX pela primeira vez na década de 90, a questão vai muito além da estética. Envolve aspectos emocionais e afetivos do relacionamento humano-produto.
O desafio é que esse relacionamento ou percepção será individual, porque cada indivíduo possui crenças, preferências, comportamentos e respostas físicas e psicológicas diferentes, ou seja, cada usuário poderá ter uma percepção diferente.
Para minimizar essa diferença, antes de criar o produto final, é importante fazer testes em protótipos funcionais, para identificar as falhas o mais rápido possível e corrigi-las.
Só pra abrir um parênteses, o termo UX foi usado pela primeira vez na década de 90, porém a abordagem sobre a funcionalidade racional dos objetos foi questionada muito antes pela escola Staatliches-Bauhaus, mais precisamente em 1919, quando foi fundada por Walter Gropius.
Para Concluir
As pessoas adoram adivinhar, logo no primeiro momento, como usar tal coisa (Não me faça pensar). Isso mexe com os sentimentos e cria percepções positivas. Mais ou menos como o amor à primeira vista <3
Separei aqui embaixo alguns designs que realmente arrebentaram no quesito estético, porém focaram na experiência. Espero que se apaixonem!
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